quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sopro de silêncio

Sofro de silêncio
quando, do vento, o sopro
faz gelar miha garganta.

A noite fria, escura,
arranha as parede do
me coração, que tenta
se aquecer com os
desejos mais antigos.

No abrigo da imaginação,
protejo-me dos respingos,
dos suspiros daquela
longínqua noite de verão.

Mas hoje, não.
Hoje deixo-me molhar
por essa garoa, que
quando garota banhava
minha diversão.

Mas hoje, não.
Hoje sofro de silêncio
para escutar, atento,
seus pingos tocarem o chão.


Para ler escutando Fernanda Takai - O ritmo da chuva

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Acalma-te coração

Acalma-te coração,
que o sentimento é verdadeiro.
Acalma-te coração,
antes que meu corpo desfaleça por inteiro.

Aquieta-se coração,
que a hora tarda a chegar.
Aquieta-te coração,
que chegará sua hora de amar.,

Controla-te coração,
não entre em conflito com minha mente.
Cotrola-te coração,
para não morrer de repente.

Acalma-te coração,
posto que não é um
amor de veraneio.
Alegra-te coração, que é de
certo seu amor verdadeiro.

Ele é...

Ele é o amor da minha vida
e não sei por que é que insisto
em outras brincadeiras.
Ele é minha fantasia, e não há
outro homem que tanto eu queira.

Ele é meus sonhos adormecidos,
daqueles que me despertam de
uma boa maneira.
Ele é o fantasma que
me assusta e entonteia.

Ele é o distante que
mais se aproxima de mim.
É o amor que cresce
rápido e forte...
tal qual grama e capim.

Ele é meu pensamento
e eu insisto em não pensar.
Ele é um Titanic:
destinado a naufragrar.

Ele é o Pierrot que

faz meu carnaval ser cômico.
Ele é o amor da minha vida,
e ainda sim ele é platônico.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Os poemas que fiz pra mim...

Os poemas que fiz pra mim são, na verdade, para outras pessoas. São as palavras de amor que não tive tempo de dizer, são a indignação que não tive coragem de expressar, são as decisões que não consegui tomar. São as dúvidas que, quando faladas em voz alta parece se dissolverem e deixam conosco um leve sorriso que diz “era só isso?”.
Os poemas que fiz pra mim, são as verdades para as quais não tive audácia de dizer a mim mesma, são os sentimentos alheios que roubo para viver algo diferente, mágico.
São mentiras, fantasias, manias e bobagem de uma mente um pouco fértil, que não suportando o peso dos pensamentos, os despeja em um papel a fim de aliviar a consciência e tentar entender o que se passa em sua alma.

São apenas poemas... poemas que não consegui dar a ninguém e que acabaram ficando pra mim.